Certa vez li em um livro espírita que um dos maiores desafios, para a alma em evolução aqui na terra, seria lidar com a riqueza, o dinheiro. Se você não for espírita como eu, faça uma breve reflexão com esse conhecimento ofertado pelo Allan Kardec em seus manuscritos e vamos ver se levamos alguma coisa boa para o nosso dia a dia.
Embora eu seja de uma família muito humilde e batalhadora, da qual me orgulho muito, tive o privilégio de conviver com muitos empresários e desde cedo pude notar que “de perto, todo mundo é igual”, justamente por conta da questão financeira. Enquanto muitas pessoas acreditam que vale tudo por dinheiro, existem dilemas que são vividos apenas quando alguém se depara com a fraqueza financeira que só o dinheiro proporciona, ok, eu explico isso melhor: É que parece uma balela falar que dinheiro não traz felicidade, eu até costumo dizer que quando não traz você paga e manda buscar (risos) não é? Mas o fato aqui é que por diversas vezes a vida nos coloca diante de situações sem saída onde o fator dinheiro parece desaparecer, tanto para quem tem pouco quanto para quem tem muito, como os casos em que as pessoas que amamos são colocadas em situação de risco, por sequestros, problemas de saúde ou acidentes inesperados. Nessas horas nós temos um esquecimento súbito e ao leito estaremos sempre apegados com a fé e não com a carteira.
Nós vivemos uma jornada sempre muito cheia de afazeres, em qualquer idade, ou acha que a escola não ocupa tempo dos mais jovens? Entra lá para ver tanta atividade que eles são submetidos. O problema disso é que quase não conseguimos fazer as contas, mapear tudo que está ao nosso redor, e nessa pressa de viver as tarefas (tanto as escolhidas quanto as que nos são impostas) nós acabamos sem notar as pessoas materialistas. O amigo que gosta do seu videogame na infância, não de você, o coleguinha que adora o futebol com sua bola na quadra do seu condomínio, mas que não está lá nas horas mais importantes de necessidade. São muitos os exemplos, e eles seguem ao longo da vida, na faculdade, no trabalho e vida adulta. Eis aqui a toxina, nós não podemos deixar de valorizar as pessoas que perguntam como nós estamos e podemos sim dar um delete nas pessoas que perguntam onde nós estamos.
Onde estamos? é uma pergunta típica do mundo atual por conta do modelo WhatsApp de vida, no entanto, se você parar para notar existem pessoas que te odeiam só por que você consegue sorrir mesmo quando sua vida está uma montanha russa descontrolada, elas normalmente te perguntam onde está e não como está, entende? . Em contrapartida existem pessoas que te amam independente de quão alta está sua cotação. A primeira turma vai caçar você quando descer e tentará te abater, mesmo sem motivos aparentes, eles dirão que é uma questão de postura, mas não serão capazes de listar malfeitos seus diretamente para eles nem para terceiros, já a segunda turma irá agir naturalmente como sempre foram e é por elas que sua vida vale a pena.
As pessoas da primeira turma não são pessoas felizes na vida adulta, elas esquecem quem nem tudo que temos aqui poderá ser levado embora conosco, esquecem que a vida é cíclica e principalmente que passa muito rápido, sem direito ao “repeteco”.
Ao encontrar com alguém e para analisar essa pessoa, faça algumas perguntas em silêncio para você mesmo, e tente entender as respostas ao longo da convivência com quem você quer analisar:
1- Essa pessoa está sorrindo para mim pq estou lhe dando alegria ou ele(a) está tentando ser agradável? (Não confunda educação com forçar a barra); 2- Essa pessoa fala me olhando nos olhos por que tem coragem ou o faz por que está me analisando?
3- Essa pessoa tem sempre uma voz suave e macia ou essa pessoa utiliza esse recurso apenas quando me encontra ou encontra grupos de pessoas?
4- A pessoa analisada ajuda outras pessoas além da primeira linha ou faz links para parecer generoso(a) mas no dia seguinte segue a vida sem aprofundar a ajuda ofertada até a solução?
5- Essa pessoa fala “segredos” de outras pessoas? Faz comentários incompletos sem dar nomes ou se comprometer publicamente com as informações?
Algumas respostas acima irão traçar o perfil da pessoa materialista, mas ainda posso completar pedindo para observar também:
1- Se a pessoa só aparece quando você pode ajuda-la;
2- Se a forma de vestir é uma constante, ou existe produção para ocasiões de negócios corriqueiras e nenhuma produção para o dia a dia;
3- Essa pessoa é inativa nas redes sociais, mas acompanha tudo que você faz?
4- E se você perder tudo que tem, qual seria o comportamento dessa pessoa?
5- Essa pessoa já reparou, mesmo que discretamente, algum objeto de marca utilizado por você? Camiseta, bolsa ou sapato?
Pessoas materialistas são danosas, e ainda nos manuscritos de Kardec eu pude encontrar indícios de que elas são espíritos em recuperação, segundo ele, mas com interpretação minha, pessoas assim jamais irão conseguir fazer o bem de verdade, sem segundas intenções (mesmo que boas), elas não se entregam de corpo, alma e coração simplesmente por que estão presas apenas ao corpo.
Por Erick de Albuquerque – no instagram: @inspirandosonhadores